Nesta quarta-feira (29), a chama olímpica segue percurso por diversas cidades do Paraná: Arapongas, Maringá, Campo Mourão e Cascavel. Por onde passa, o símbolo olímpico chama a atenção, aproxima as pessoas em torno do esporte e da arte e valoriza manifestações culturais locais.
Em Maringá, é o caso do Circo Teatro Sem Lona. A companhia, criada em 1996, trabalha com uma linguagem teatral inspirada em grupos de circo-teatro que movimentaram a circulação de espetáculos pelo interior do País na década de 1950.

Baseado na lógica de um circo pequeno, de fundo de quintal, o grupo promove oficinas de acrobacias, malabares, trapézio, mágicas e estudos sobre a figura do palhaço, além de realizar apresentações. Desde a estreia do espetáculo do grupo, O Guarani – inspirado na obra homônima de José de Alencar -, em 1999, a companhia acumula participação em inúmeros festivais e mostras de teatro.
Nesta quarta, será a vez do Circo Teatro Sem Lona se apresentar durante a passagem da tocha olímpica. Segundo o fundador de grupo e professor de artes cênicas Pedro Uchôa, existem semelhanças entre a passagem da tocha olímpica e o teatro: “A tocha acende a vontade das pessoas se encontrarem, é uma celebração do encontro. O teatro é isso, um lugar para se ver e ver o outro”.
O fundador orgulha-se da participação na comemoração relacionada às Olimpíadas, à luz da trajetória do grupo. “Somos uma companhia popular que se apresenta nas ruas, trabalhamos muito com cidades no interior, sobretudo onde não há teatro, e fazemos muito trabalho na rua com linguagem acessível”, comenta.

Outra cidade por onde a tocha passará ao longo do dia é Cascavel. Por lá, entre as diversas apresentações culturais, haverá roda de capoeira do grupo Arte Luta. “É uma honra se apresentar. Acho que não haveria representatividade melhor no Brasil do que a capoeira, patrimônio cultural brasileiro e patrimônio cultural da humanidade”, orgulha-se Aristeu dos Santos, mais conhecido como mestrinho, que trabalha há 42 anos com essa manifestação.
Revezamento
Na quinta-feira (30), a chama olímpica chega a Foz do Iguaçu. Antes disso, percorrerá, ao longo do dia, os municípios paraenses Matelândia, Medianeira, São Miguel do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu.
O percurso abre espaço para a exibição das mais diversas expressões culturais do País ao mundo. Atento a essa oportunidade, o Ministério da Cultura (MinC) realizou convênio com prefeituras de capitais do Brasil para apoiar atividades de promoção cultural durante a passagem da Tocha Olímpica.
O projeto Celebrações nas Cidades do Revezamento da Tocha Olímpica destinará de R$ 192 mil a R$ 250 mil para 18 capitais, das cinco regiões brasileiras, organizarem eventos que devem, preferencialmente, ser realizados em espaços públicos de grande circulação. As atividades ainda devem divulgar a cultura, a arte e a gastronomia locais.
Fonte: Cecilia Coelho/Assessoria de Comunicação/Ministério da Cultura